segunda-feira, 16 de julho de 2012

Preparemos o novo ano



Reunião sobre Balanço e perspetivas


11-7-2012



Balanço


Com uma vigência de cerca de 1 ano, o projeto Escola Intercultural desenvolveu iniciativas diversificadas e muito positivas, ainda que com uma participação oscilante.

Uma das grandes prioridades, no próximo ano lectivo, é o envolvimento das pessoas para além da sua participação pontual



 - Atividades realizadas:

  

   . 1º Encontro – 6/9/2011 

        (19 participantes)

       

         Breve reflexão sobre o conceito de interculturalidade e o trabalho desenvolvido, nesse âmbito, nas escolas

       

         Propostas apresentadas:



  - Formação de grupos de trabalho para pesquisa e reflexão

  - Análise dos currículos e manuais escolares

  - Divulgação de estudos e recursos para escolas

  - Divulgação de experiências

  - Construir rede

  - Dispor de um “menu de intervenções” para apoiar as escolas

- Debates: Entre a diferenciação e a normalização; Conceito(s) de interculturalidade – repensar paradigmas e princípios orientadores; A importância da gestão escolar

 - Criação de um blog para divulgação e troca de experiências



 . 2º Encontro – 14/11/2011

      (13 participantes)         



      Blog: Apresentação de um primeiro esboço de um blog para divulgação e troca de experiências.

    Debate em torno do(s) conceito(s) de interculturalidade:

·         Minorias/Maiorias/Eurocentrismo

·         Preconceito/Estereótipo/Tolerância

·         Sociedades multiculturais/Sociedades interculturais

·         Política de assimilação/Política de integração





. 3º Encontro 19/4/2012             

   (cerca de 50 participantes)



     Debate dinamizado por Luiza Cortesão sobreEducação e diversidade cultural




. 4º Encontro14/6/2012

   (cerca de 10 participantes)



     Divulgação da experiência de trabalho intercultural da Escola Básica de 1º Ciclo da Madalena (alunos de 15 nacionalidades), conjuntamente com os parceiros envolvidos: Centro em Movimento (CEM) e Edifício Manifesto.





Construção do blog – esc.intercultural

Divulgação de materiais e troca de experiências (reforço da rede).

Até à data o blog tem constituído exclusivamente um veículo de divulgação das sínteses dos encontros realizados.





Perspetivas



 - Criação de parcerias, formais e informais, com entidades ligadas a esta temática

A considerar, nomeadamente, Federação Friedrich Ebert; Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros; Programa Escolhas e Entreculturas (ACIDI); Universidades; Associações com trabalho desenvolvido nesta área – Moinho da Juventude (Cova da Moura); AJEB (Quinta do Mocho); Centro em Movimento. Entre outros.



 - Atividades para o próximo ano letivo

  - Realização de iniciativas e sessões em torno de diferentes temas.

  - Organização de um grupo de professores e outras pessoas motivadas para divulgação e dinamização de atividades do projeto nas escolas e junto de diferentes entidades (nomeadamente através de contatos pessoais)

 Propostas (para calendarização):

 - Análise de currículos e de manuais escolares

 - Percurso intercultural ao ar livre (com envolvimento direto de uma escola)

 - Exposição de fotografia



- Dinamização do blog

    - Criação de uma equipa de trabalho (eventualmente rotativa) para atualização do blog, divulgação de experiências e iniciativas, sugestões de leituras, divulgação de materiais

    - link para site do SPGL







terça-feira, 19 de junho de 2012

EB1 da Madalena: Respeitar as diferenças

O último encontro, este ano letivo, da Escola Intercultural, realizado dia 14 de Junho da sede do SPGL, foi um significativo momento de divulgação da rica experiência da Escola Básica de 1º Ciclo da Madalena. Um primeiro momento, a que certamente outros se seguirão, de partilha de processos de trabalho entre várias escolas com projetos de interculturalidade.

Neste encontro, a Escola Básica de 1º Ciclo da Madalena apresentou – conjuntamente com os vários parceiros envolvidos – o projeto educativo que tem vindo a desenvolver desde há 3 anos a esta parte. Presentes estiveram, para além da equipa de professoras da escola, elementos do CEM (Centro em Movimento) e Edifício Manifesto – parceiros ativos e empenhados em todo este processo.
A apresentação assumiu a forma de um diálogo animado, também entre os próprios intervenientes no projeto, que deram testemunho das várias abordagens e do intenso e trabalho realizado com as crianças.

Um mundo espelhado numa pequena escola

A EB1 da Madalena junta alunos de 15 nacionalidades. A mesma diversidade não se aplica no que respeita à pertença social: 80% dos alunos inscrevem-se nos escalões A e B, o que corresponde a famílias muito carenciadas., e muitos meninos chegam de manhã à escola sem terem tomado o pequeno-almoço.
Mas o clima que impera na escola é de entusiasmo. De paixão – que, nas palavras de uma das professoras, é o que marca “a diferença entre ser muito bom e ser extraordinário”.
“Sentimos aquilo como um pedaço de nós” e, a braços com tanto trabalho, a sensação é “de estar cansadas mas muito felizes”. Porque “mudamos a vida daquelas crianças, que cresceram enquanto pessoas” – que é o que verdadeiramente importa.
Como base de toda a filosofia pedagógica e de inter-relacionamento, um ponto de honra: respeitar as diferenças de cada um.
É nesta mesma lógica que se insere o trabalho dos parceiros presentes (um trabalho que é para continuar), que têm desenvolvido com estas crianças uma multiplicidade de projectos e experiências. Com a preocupação de “promover experiências diferentes, mesmo com a crise”.
Porque, “o que importa são as pessoas que habitam os espaços”. E é sempre possível fazer magia, “apesar da uniformidade que o MEC tenta impor”.
Do trabalho desenvolvido por estes parceiros insubstituíveis – o CEM e o Edifício Manifesto – daremos nota alargada no nº de Setembro da EI.
Para já, vale a pena consultar os seus sites e blogues:

Lígia Calapez

segunda-feira, 11 de junho de 2012


O próximo encontro da Escola Intercultural é já nesta 5ª feira!

O próximo encontro da Escola Intercultural terá lugar dia 14 de junho, 5ª feira pelas 17:00 horas, na sede do SPGL.
Neste encontro, a Escola Básica de 1º Ciclo da Madalena irá apresentar - conjuntamente com os vários parceiros envolvidos – o projeto educativo que tem vindo a desenvolver desde há 3 anos a esta parte.
O objetivo desta apresentação é partilhar as experiências inerentes aos processos de trabalho que enformam este projeto educativo.
Este será um 1º momento, a que certamente outros se seguirão, de partilha de processos de trabalho entre várias escolas com projetos de interculturalidade.
Estão todos convidados a participar neste encontro.
Desde já agradecemos a vossa presença.

quarta-feira, 2 de maio de 2012




Conferência “Educação e Diversidade Cultural”
(um contributo alargado)

A Conferência sobre “Educação e Diversidade Cultural” foi realizada no dia 19 de Abril de 2012, pelas 16H, no Auditório da SPGL.

Luíza Cortesão, oradora da conferência, foi apresentada a cerca de 50 participantes por António Avelãs, presidente do SPGL.

A sua exposição centrou-se em três aspetos, mantendo um diálogo com os presentes:

1.       Fontes de diversidade

2.       Como são encarados

3.       Tipos de trabalho para enriquecer a diversidade





A profissão de professor é exercida sobre o fio da navalha

Questões colocadas pela oradora:

  • Serão os alunos todos iguais?
  • Terão todos as mesmas bases?

Foram apresentados alguns dados para ajudar à reflexão:

1.       Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo em várias regiões do país (O Algarve apresenta uma maior incidência e o Norte do país menor taxas);

2.       Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo segundo a natureza dos estabelecimentos (o ensino público com maior taxa);

3.       Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo segundo o sexo (os rapazes com maior incidência);

4.       Taxas de sucesso segundo o fator económico (as 10 melhores médias são encontradas nos colégios e externatos);

5.       Taxa de analfabetos nos jovens entre os 10 e 14 anos no Brasil segundo a cor da pele (menor na população branca);

6.       Escolha da profissão, no Brasil, segundo a variante da origem do aluno, salário familiar e grau de escolaridade da mãe (filhos de família brancas com desafogo financeiro e com mães com graus académicos superiores tendem a escolher profissões como médicos, advogados, etc.);

7.       Relação entre proficiência e o nível socioeconómico (a proficiência elevada corresponde a um nível socioeconómico elevado).


A escola não pode continuar a ser a “caixa negra” que não se analisa”

 
Foram apresentadas alguns conceitos para serem debatidos:

  • Existência da diversidade na organização escolar;
  • Cultura e culturas;
  • Saberes escolarmente rentáveis;
  • Violência simbólica;
  • Capital cultural;
  • Violência de recontextualização;




A indisciplina é um sintoma

Que podemos nós, professores, fazer?

Reflexão sobre dois tipos de práticas pedagógicas:

Práticas empoderadoras
Práticas domesticadoras
Pedagogia da interação recíproca.
Pedagogia transmissiva.
Avaliação orientada para o apoio.
Avaliação orientada para a legitimação do processo.
Participação da comunidade.
Exclusão da comunidade.
Língua e cultura incorporados.
Língua e cultura excluídos.



Algumas estratégias para o desenvolvimento de práticas educativas não discriminatórias:

·         Ter uma atitude de questionamento sobre o papel do professor;

·         Evitar atividades educativas que resultem em processos de discriminação socioeducativa dos alunos;

·         Estar disposto a alterar, a qualquer momento, as suas práticas;

·         Questionar sempre as suas “certezas” e rotinas;

·         Ser sensível à diversidade socioeconómica e cultural com quem se trabalha;

·         Procurar conhecer os alunos, as suas raízes culturais, os seus interesses, os seus problemas, o contexto em que vivem;

·         Ser capaz de conceber métodos de trabalho e materiais que tornem o ato de aprender significativo para quem aprende;

·         Transformar os alunos em parceiros da construção do saber.



O arco-íris na sala de aula


O professor daltónico cultural não consegue ver o arco-íris cultural na sua sala de aula.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Educação e diversidade cultural


No fio da navalha

Trabalhar “no fio da navalha”. Esta a opção que se abre aos professores que apostam numa educação intercultural, não ignorando, simultaneamente, a necessidade de “armar as crianças com instrumentos de sobrevivência (curriculares)”. Uma das – muitas – ideias que foram surgindo ao longo do debate com Luiza Cortesão, promovido pela Escola Intercultural/SPGL , que juntou dezenas de professores de diferentes escolas e áreas, dia 19 de Abril, no auditório do SPGL.
Do muito que foi dito nesta iniciativa enriquecedora – e a que outras se seguirão – aqui nos cingimos ao essencial: O QUE É QUE OS PROFESSORES PODEM FAZER?

Uma mão cheia de dicas

O ponto de partida: “Fazer opções é muito importante. Os educadores devem indagar para quem e em benefício de quem estão trabalhando” – Paulo Freire

 - Valorizar saberes prévios

 - Aplicar práticas empoderadoras

 - Apostar na interacção

 - Utilizar avaliação formativa (orientada para o apoio). Não ignorando que também é necessário armar as crianças com instrumentos de sobrevivência (instrumentos curriculares)

 - Descobrir o “ponto de entrada” no processo de aprendizagem. A utilização de jogos no quadro dos currículos é uma opção promissora

 - Ter sensibilidade à diversidade. Não ser daltónico ao arco-íris cultural

Não esquecer nunca que:
 - É fundamental “meter um ponto de interrogação na cabeça”
 - Quem constrói os sítios são as pessoas


[Esta Conferência será tratada, de forma desenvolvida, numa próxima “Escola Informação”]

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Luiza Cortesão oradora na Conferência da Escola Intercultural




Convidam-se todos os interessados a participar na Conferência Escola Intercultural  promovida pelo SPGL, no dia 19 de Abril, às 16h, no Auditório da sede do SPGL (Rua Fialho de Almeida Nº 3 Lisboa). 

Educação e diversidade cultural - Luiza Cortesão (oradora)