Da discussão gerada, no 2º
Encontro da Escola Intercultural, em torno do desafio de descodificar as
palavras, surgiram as seguintes ideias:
MINORIAS / MAIORIA /
EUROCENTRISMO
Os
países que pertencem à Europa ocidental consideram-se o berço da civilização e
o exemplo das sociedades democráticas mais desenvolvidas. Esta pertença de
cariz superior vem da idade Média.
Todas
as outras civilizações são encaradas como exóticas e deficitárias, inclusive os
países europeus situados geograficamente no centro e este da Europa.
Foi
questionado se os EUA se situam também neste paradigma eurocêntrico, não tendo
o grupo chegado a nenhuma conclusão.
O
eurocentrismo é sentido como uma segunda pele pela carga civilizacional,
cultural e religiosa, apesar de se aceitar influências de outras culturas e
civilizações.
PRECONCEITO / ESTEREÓTIPO
/ TOLERÂNCIA
Preconceito – ideia pré-concebida (pouco consistente, mas enraizada) que
influencia a forma como percepcionamos os outros.
Estereótipo – categorização/atribuição de características a pessoas/grupos
com base em ideias pré-concebidas, fruto de uma padronização/generalização.
Tolerância – apesar de uma primeira análise remeter para a aceitação do
outro na sua plenitude, o termo pode ter uma leitura mais negativa.
Efectivamente, tolerar, poderá remeter para um exercício difícil de
convivência com o outro, sem reconhecimento do outro.
SOCIEDADES
MULTICULTURAIS / SOCIEDADES INTERCULTURAIS
Ambas defendem o reconhecimento da cultura, mas de
diferentes formas.
O multiculturalismo
coloca a cultura em caixas fechadas onde cada um é obrigado a identificar-se.
Interculturalismo:
- Visão
das culturas como não estanques, nem fechadas.
- Necessidade
de permanente diálogo e partilha entre os indivíduos
- Reflexão
sobre o que se chama “cultura”: reconhecimento da diversidade dentro de cada
cultura
- Plataforma
de entendimento comum que permita o diálogo e o processo de negociação
Papel da escola: ligação entre o
multicultural e o intercultural
POLÍTICA DE ASSIMILAÇÃO /
POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO
A
integração é considerada como um
processo não unilateral, em que a transformação é mútua, se dá e recebe e há
uma partilha de experiências.
A
assimilação engloba um conhecimento
e aceitação das normas da comunidade (mas que passa pela consideração dos
costumes de cada comunidade presente). Uma aquisição das necessárias
competências linguísticas.