(um contributo alargado)
A Conferência sobre “Educação e Diversidade
Cultural” foi realizada no dia 19 de Abril de 2012, pelas 16H, no Auditório da
SPGL.
Luíza Cortesão, oradora da conferência, foi
apresentada a cerca de 50 participantes por António Avelãs, presidente do SPGL.
A sua exposição centrou-se em três aspetos,
mantendo um diálogo com os presentes:
1. Fontes de diversidade
2. Como são encarados
3. Tipos de trabalho para enriquecer a diversidade
A
profissão de professor é exercida sobre o fio da navalha
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Questões colocadas pela oradora:
- Serão os alunos todos iguais?
- Terão todos as mesmas bases?
Foram apresentados alguns dados para ajudar à reflexão:
1. Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo em
várias regiões do país (O Algarve apresenta uma maior incidência e o Norte do
país menor taxas);
2. Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo
segundo a natureza dos estabelecimentos (o ensino público com maior taxa);
3. Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo segundo
o sexo (os rapazes com maior incidência);
4. Taxas de sucesso segundo o fator económico (as 10
melhores médias são encontradas nos colégios e externatos);
5. Taxa de analfabetos nos jovens entre os 10 e 14
anos no Brasil segundo a cor da pele (menor na população branca);
6. Escolha da profissão, no Brasil, segundo a
variante da origem do aluno, salário familiar e grau de escolaridade da mãe (filhos
de família brancas com desafogo financeiro e com mães com graus académicos
superiores tendem a escolher profissões como médicos, advogados, etc.);
7. Relação entre proficiência e o nível
socioeconómico (a proficiência elevada corresponde a um nível socioeconómico
elevado).
A
escola não pode continuar a ser a “caixa negra” que não se analisa”
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Foram apresentadas alguns conceitos para serem debatidos:
- Existência da diversidade na organização
escolar;
- Cultura e culturas;
- Saberes escolarmente rentáveis;
- Violência simbólica;
- Capital cultural;
- Violência de recontextualização;
A
indisciplina é um sintoma
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Que podemos nós, professores, fazer?
Reflexão sobre dois tipos de práticas pedagógicas:
Práticas
empoderadoras
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Práticas
domesticadoras
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Pedagogia da interação recíproca.
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Pedagogia transmissiva.
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Avaliação orientada para o apoio.
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Avaliação orientada para a legitimação do processo.
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Participação da comunidade.
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Exclusão da comunidade.
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Língua e cultura incorporados.
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Língua e cultura excluídos.
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Algumas estratégias para o desenvolvimento de
práticas educativas não discriminatórias:
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Ter uma
atitude de questionamento sobre o papel do professor;
·
Evitar
atividades educativas que resultem em processos de discriminação socioeducativa
dos alunos;
·
Estar
disposto a alterar, a qualquer momento, as suas práticas;
·
Questionar
sempre as suas “certezas” e rotinas;
·
Ser sensível
à diversidade socioeconómica e cultural com quem se trabalha;
·
Procurar
conhecer os alunos, as suas raízes culturais, os seus interesses, os seus
problemas, o contexto em que vivem;
·
Ser capaz de
conceber métodos de trabalho e materiais que tornem o ato de aprender
significativo para quem aprende;
·
Transformar
os alunos em parceiros da construção do saber.
O arco-íris na sala de aula
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O professor daltónico cultural não consegue ver o arco-íris cultural na sua sala de aula.