quarta-feira, 2 de maio de 2012




Conferência “Educação e Diversidade Cultural”
(um contributo alargado)

A Conferência sobre “Educação e Diversidade Cultural” foi realizada no dia 19 de Abril de 2012, pelas 16H, no Auditório da SPGL.

Luíza Cortesão, oradora da conferência, foi apresentada a cerca de 50 participantes por António Avelãs, presidente do SPGL.

A sua exposição centrou-se em três aspetos, mantendo um diálogo com os presentes:

1.       Fontes de diversidade

2.       Como são encarados

3.       Tipos de trabalho para enriquecer a diversidade





A profissão de professor é exercida sobre o fio da navalha

Questões colocadas pela oradora:

  • Serão os alunos todos iguais?
  • Terão todos as mesmas bases?

Foram apresentados alguns dados para ajudar à reflexão:

1.       Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo em várias regiões do país (O Algarve apresenta uma maior incidência e o Norte do país menor taxas);

2.       Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo segundo a natureza dos estabelecimentos (o ensino público com maior taxa);

3.       Taxas de retenção e desistência no 1º ciclo segundo o sexo (os rapazes com maior incidência);

4.       Taxas de sucesso segundo o fator económico (as 10 melhores médias são encontradas nos colégios e externatos);

5.       Taxa de analfabetos nos jovens entre os 10 e 14 anos no Brasil segundo a cor da pele (menor na população branca);

6.       Escolha da profissão, no Brasil, segundo a variante da origem do aluno, salário familiar e grau de escolaridade da mãe (filhos de família brancas com desafogo financeiro e com mães com graus académicos superiores tendem a escolher profissões como médicos, advogados, etc.);

7.       Relação entre proficiência e o nível socioeconómico (a proficiência elevada corresponde a um nível socioeconómico elevado).


A escola não pode continuar a ser a “caixa negra” que não se analisa”

 
Foram apresentadas alguns conceitos para serem debatidos:

  • Existência da diversidade na organização escolar;
  • Cultura e culturas;
  • Saberes escolarmente rentáveis;
  • Violência simbólica;
  • Capital cultural;
  • Violência de recontextualização;




A indisciplina é um sintoma

Que podemos nós, professores, fazer?

Reflexão sobre dois tipos de práticas pedagógicas:

Práticas empoderadoras
Práticas domesticadoras
Pedagogia da interação recíproca.
Pedagogia transmissiva.
Avaliação orientada para o apoio.
Avaliação orientada para a legitimação do processo.
Participação da comunidade.
Exclusão da comunidade.
Língua e cultura incorporados.
Língua e cultura excluídos.



Algumas estratégias para o desenvolvimento de práticas educativas não discriminatórias:

·         Ter uma atitude de questionamento sobre o papel do professor;

·         Evitar atividades educativas que resultem em processos de discriminação socioeducativa dos alunos;

·         Estar disposto a alterar, a qualquer momento, as suas práticas;

·         Questionar sempre as suas “certezas” e rotinas;

·         Ser sensível à diversidade socioeconómica e cultural com quem se trabalha;

·         Procurar conhecer os alunos, as suas raízes culturais, os seus interesses, os seus problemas, o contexto em que vivem;

·         Ser capaz de conceber métodos de trabalho e materiais que tornem o ato de aprender significativo para quem aprende;

·         Transformar os alunos em parceiros da construção do saber.



O arco-íris na sala de aula


O professor daltónico cultural não consegue ver o arco-íris cultural na sua sala de aula.